VIVA MAIS, AUMENTE A PASSADA.

Não é novidade para ninguém que caminhar, seja rápido ou devagar, faz bem para a saúde. Mas, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo National Walkers' Health Study, do inglês Estudo Nacional da Saúde dos Caminhantes, para se obter mais benefícios para a saúde, é preciso apressar o passo.
Paul T. Williams, um estatístico do Lawrence Berkeley National Laboratory, recolheu dados de 7.374 homens e 31.607 mulheres participantes do estudo. Os participantes foram divididos em quatro categorias, com base no ritmo da caminhada. A categoria 1 era composta por aqueles mais velozes (jogging), que fizeram, em média, menos de 13,5 minutos por milha (1,6 km). Já os da categoria 4 eram compostos pelos mais lentos e completavam o mesmo percurso em 17 minutos ou mais. Alguns chegaram a completar uma milha em 25 minutos. (Curiosamente, os caminhantes do sexo feminino foram mais rápidos do que os homens em todas as categorias.)
Depois, o doutor Williams pesquisou no National Death Index - uma espécie de banco onde estão armazenados nomes de pessoas que já morreram nos Estados Unidos - caminhantes que tinham falecido na década. Descobriu-se que a taxa de mortalidade manteve-se elevada entre os caminhantes mais lentos, principalmente os participantes cujo ritmo era de 24 minutos por milha ou mais. Eles eram mais vulneráveis 44% a mais do que os caminhantes que se moviam mais rápido.
De acordo com o coordenador da academia R2, Eduardo Miranda, é importante prestar atenção na intensidade com que é praticada a caminhada. "Aqueles que andam devagar não têm os batimentos cardíacos alterados. É como se estivessem andando em um shopping, por exemplo. É importante elevar o ritmo, com autorização médica e de um profissional de Educação Física", afirmou. A notícia mais animadora desse novo estudo é que a longevidade aumenta com pequenas melhorias no ritmo. Os caminhantes na categoria 3, por exemplo, mudaram a velocidade de apenas um minuto mais por milha mais rápida do que alguns dos que estão no grupo mais lento, mas tiveram uma redução significativa no risco de morrer prematuramente